CLASSE MÉDIA NA AL SEGUE VULNERÁVEL, DIZ OCDE

06 diciembre 2010

Fuente: Tomado de la Selección de Noticias del MRE de Brasil/O Globo

París, 6 de dezembro- Apesar do avanço da classe média na América Latina ser o combustível do crescimento econômico na região, esse grupo ainda enfrenta dificuldades em poder aquisitivo, na educação e na proteção social. É o que mostra relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado semana passada. Segundo o estudo, a classe média da região -inclusive a brasileira- permanece vulnerável se comparada ao padrão dos países da OCDE, tipicamente de alta renda e avançado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

-A crescente e vibrante classe média é um sinal de boas perspectivas para a economia na América Latina- disse Ángel Gurría, secretário- geral da OCDE.

No entanto, os latinoamericanos que estão no meio da distribuição de renda ainda enfrentam sérios obstáculos. Esse grupo ainda precisa avançar para ser totalmente comparable com a classe média de economias avançadas.

O estudo recomenda aos governantes assegurarem que essa classe média não vai regredir na escada social, ou seja, voltar a integrar a parcela mais pobre da sociedade. E lista algumas ações governamentais que podem contribuir para reduzir essa vulnerabilidade: fomentar a mobilidade social por meio da educação e melhorar a qualidade dos serviços públicos, da educação e da saúde. A OCDE defende ainda maior flexibilidade nos encargos sociais, com a criação de faixas melhor definidas de contribuições para a proteção social.

“A qualidade da educação está intimamente associada ao histórico social e econômico. Um latino-americano com um parente analfabeto tem dez vezes mais chance de ser analfabeto do que concluir uma universidade”, avaliou a OCDE”.

Segundo a OCDE, 47% da população brasileira pertenciam à classe média em 2006, próximo à média latino-americana (46,7%), mas bem inferior aos 66,4% dos países ricos da OCDE. Números mais recentes da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontam que a classe média brasileira representa 50,5% da população.