CHINA ADMITE FLEXIBILIZAR O CÂMBIO

07 enero 2011

Fuente: Tomado de la Selección de Noticias del MRE de Brasil/Correo Braziliense

Pequim, 7 de janeiro- O Banco Central chinês se comprometeu ontem a aumentar a flexibilidade da sua taxa de câmbio, para corrigir distorções provocadas por sua moeda, o iuan, no comércio internacional.

A promessa veio dias antes de o presidente Hu Jintao se encontrar, nos Estados Unidos, com o presidente Barack Obama. Os dois países são os principais protagonistas de uma guerra cambial, que tem provocado estragos em economias como o Brasil, onde as taxas de juros são elevadas para combater a inflação.

A flexibilização no sistema cambial chinês é um pleito dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, que reclamam da perda de mercado para os produtos do país asiático.

Mas os EUA também têm uma grande parcela de culpa, porque vêm injetando bilhões de dólares na sua economia, com o intuito de tirá-la do atoleiro. Ao inundar o mundo de dólares, o governo norte-americano acaba contribuindo para a queda de preços, o que favorece as suas exportações e corrige um de seus graves problemas, o deficit comercial.

Desconfiança

“Reforçaremos a flexibilidade da taxa de câmbio e manteremos a taxa do iuan em um nível razoável e equilibrado”, indicou o Banco Popular da China em um comunicado. Hu Jintao será recebido por Obama no próximo 19 de janeiro. A expectativa é grande e poucos acreditam na real disposição da China de abrir mão de parte do mercado internacional.