FMI ELEVA PREVISÕES DE CRESCIMENTO, APESAR DE RISCOS
25 enero 2011
Fuente: Publicado por la Agencia AFP, vía Google Noticias
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Johannesburgo, 25 de janeiro (AFP)- O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou nesta terça-feira as previsões crescimento mundial para 2011 e para a América Latina, apesar de ter alertado para a existência de uma longa lista de riscos para a economia mundial e os países emergentes, em particular.
A instituição prevê um crescimento de 4,4% este ano para o mundo, contra 4,2% previstos em outubro, segundo o relatório de estimativas atualizado e divulgado em Johannesburgo.
Para os Estados Unidos o crescimento será de 3%, contra os 2,3% previstos anteriormente.
A explicação para a mudança foi a decisão de Washington de prolongar durante dois anos as reduções de impostos decididas em 2001 e 2003, o que adicionará meio ponto de crescimento em 2011.
Para a zona euro, a previsão permaneceu inalterada, a 1,5%. Segundo o FMI, a crise da dívida pública no bloco marcará o rumo econômico da região, mas não deve provocar impacto fora dela.
"A recuperação a duas velocidades da economia mundial persiste, de acordo com o Fundo.
No caso da América Latina e Caribe, o Fundo elevou a previsão de crescimento de 4% a 4,3% para 2011.
Para 2012 a instituição projeta um crescimento de 4,1%, levemente inferior aos 4,2% de outubro.
No caso do Brasil, o FMI prevê uma alta de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, 0,4% acima da estimativa anterior, e de 4,1% para 2012.
Para os países emergentes e em desenvolvimento, as previsões são globalmente estáveis, de 9,6% para a China e 8,4% para a Índia.
Mas estes países devem estar atentos para impedir que uma aquecimento exagerado da economia.
"Em muitas economias emergentes, a atividade continua sendo vigorosa, surgem as pressões inflacionárias e tambem sinais de superaquecimento, provocados em parte pela entrada importante de capitais", ressalta o informe.
Estes países devem impedir que suas economias saiam do rumo, segundo o Fundo.
"Em algumas economias da Ásia e da América Latina a dívida privada não financeira está se aproximando dos coeficientes máximos registrados entre 1996 e 2010" advertiu o FMI.
A instituição, que recentemente manifestou apoio às medidas de controles do fluxo de capital do Brasil, explica que "a necessidade de políticas macroprudenciais também é muito relevante para as economias de mercados emergentes cuja capacidade de absorção dos fluxos de capital é limitada".
"Até o momento, as bolhas de preços dos ativos e o auge de crédito parecem estar limitados a alguns setores de alguns países", completa o relatório, que destaca que as autoridades financeiras não devem baixar a guarda.
O Fundo também se mostra preocupado com os sintomas de "fadiga" das reformas de regulamentação financeira, necessárias para evitar uma nova crise.