CHANCELER BRASILEIRO VIAJA A CARACAS PARA DEBATER TEMAS BILATERAIS COM CHANCELER VENEZUELANO

07 febrero 2011

Fuente: Publicado por la Agencia ANSA, vía Google Noticias Brasil

Brasília, 7 de fevereiro (ANSA)- O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, chega hoje a Caracas para uma reunião com seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, na primeira reunião de alto nível entre diplomatas dos dois países desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o cargo.

Os dois chanceleres cumprirão uma agenda centrada na revisão de acordos bilaterais em execução, assim como a exploração de possíveis novas áreas de cooperação.

Eles também tratarão sobre questões relacionadas à habitação, indústria, agricultura, energia e desenvolvimento fronteiriço, além do fortalecimento da União das Nações da América do Sul (Unasul), segundo um comunicado emitido pelo Itamaraty.

Brasil e Venezuela pretendem continuar mantendo a relação bilateral que mantinham durante o mandato do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que assinou uma série de acordos de cooperação nas áreas de energia, petróleo, alimentos e infraestrutura com seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez.

Patriota pretende também preparar o primeiro encontro que Dilma terá com o presidente venezuelano, que estava previsto para a metade de fevereiro.

O fluxo do comércio bilateral entre as duas nações atingiu US$ 680 milhões em 2010, o que equivale a um aumento de 9,52% com relação a 2009. Com a forte presença de empresas brasileiras na Venezuela, principalmente no setor de mineração e da construção civil, o Brasil alcançou um superávit comercial de mais de US$ 3 bilhões em 2010 e é o terceiro maior parceiro comercial da nação vizinha.

A Venezuela, por sua vez, é responsável por 15% do superávit comercial brasileiro total, que no ano passado atingiu US$ 20,278 bilhões.

Os chefes de Estado dos países sul-americanos se reuniriam nos dias 15 e 16 deste mês em Lima, no Peru, por conta da 3ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), mas o encontro foi desmarcado devido à crise política no Egito e em outros paises do Oriente Médio, segundo informou o secretário-geral adjunto da Liga Árabe, Ahamd Bem Helli.