G20: LÍDERES CHEGAM A ACORDO DE INDICADORES DE DESEQUILÍBRIOS ECONÔMICOS

Paris, 21 de fevereiro- Neste sábado, representantes do G20 entraram em acordo sobre os indicadores que medem os desequilíbrios econômicos mundiais. "Estamos muito satisfeitos com o resultado conseguido", disse Christine Lagarde, ministra de Economia e Finanças francesa, em nome da Presidência francesa do G20.

O principal obstáculo na negociação era o fato de a China estar resistindo a um acordo entre as principais economias do mundo sobre maneiras de medir e corrigir os desequilíbrios econômicos globais. Os chineses se recusavam a ter suas reservas em moeda estrangeira utilizadas como um indicador. Nesta semana eles passaram o Japão e são considerados a segunda maior economia do mundo, mas têm se mostrado contrários à pressão do ocidente para valorizar substancialmente sua moeda a fim de ajudar a reequilibrar o crescimento global. Outras potências econômicas desenvolvidas e emergentes já concordavam em indicadores como dívidas do governo e déficits, endividamento dos consumidores e poupança privada.

Guido Mantega, ministro brasileiro, estava ao lado dos chineses e não queria a limitação das reservas de câmbio, enquanto o dólar segue monopolizando o espaço, sendo o atual sistema monetário internacional. Para Mantega, os Estados Unidos foram superados no comércio exterior pela China e Alemanha, portanto, o sistema não se sustenta.

Além destes desentendimentos, a questão de por fim à volatilidade dos preços das matérias-primas também causa atritos entre os países participantes. O Brasil é um dos países que mais exporta matérias-primas e avisou que não vai aceitar a medida que tenta limitar os preços e defende que é necessário haver estímulo à oferta e eliminar as subvenções agrícolas nos países ricos.

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