ONU-MULHER DEFINE PRINCÍPIOS PARA A IGUALDADE DE GÉNERO

24 febrero 2011

Fuente: Publicado por Agência AngolaPress, Angola

Nova York, 24 de fevereiro- A nova entidade criada pela Organização das Nações Unidas para atender as questões de igualdade entre homens e mulheres, tem já definidos os princípios com os quais vai trabalhar para atingir os grandes objectivos da igualdade de género e empoderamento da mulher.

O facto foi anunciado esta terça-feira pela secretária-geral adjunta do novo órgão da ONU, Michelle Bachelet, ao discursar na abertura da 55ª Sessão da Comissão sobre a Condição da Mulher, realizada na sede da maior tribuna política mundial.

Michelle Bachelet fez saber que o primeiro objectivo é fornecer um suporte para os parceiros nacionais reforçarem a implementação dos acordos internacionais.

O segundo visa oferecer apoios inter-governamentais para reforçar as normas globais e as estruturas políticas para a igualdade de género.

A seu ver, pretende-se que isto venham a ser uma espécie de advogados para a igualdade do género e o empoderamento das mulheres, sobretudo focalizando nos direitos das mulheres.

O outro princípio seria liderar e promover a coerência do sistema das Nações Unidas com relação a igualdade de género.

Já o último, funcionaria como que uma espécie de intermediário global para o conhecimento e experiência, aliando a prática as guias normativas, esclareceu.

A diplomata disse que, além dos princípios referenciados, a ONU-Mulher inclui também as prioridades temáticas que sublinham a necessidade de se expandir a voz da mulher, isto é a sua emancipação e participação.

Pretende-se também terminar com a violência contra a mulher, reforçar a implementação da agenda sobre a mulher, paz e segurança.

Das prioridades inclui-se ainda a pretensa necessidade do reforço do empoderamento económico das mulheres e fazer com que as prioridades da igualdade de género sejam à nível nacional, regional, locais e sectoriais no que concerne a gestão dos países.

O acto ficou marcado pelas intervenções sob o signo da troca de experiências entre os diferentes grupos de países ligados por regiões geopolíticas e geoestratégicas, como a CPLP, o Grupo do Rio, a União Europeia (UE), a União Africana (UA), entre outros.

A chefe da delegação angolana intervem apenas na quinta-feira numa sessão programada para o efeito, onde vai apresentar os progressos registados pelo país a luz das recomendações saidas dos fóruns anteriores.