MERCOSUL E UE SE APROXIMAM DE PASSO RUMO À ASSOCIAÇÃO ENTRE OS BLOCOS
31 marzo 2011
Fuente: Publicado por la Agencia EFE, vía Terra Brasil
Fuente: Publicado por la Agencia EFE, vía Terra Brasil
Buenos Aires, 31 de março (EFE)- O diretor para a América Latina do Serviço Exterior da União Europeia, Gustavo Martín Prada, disse nesta quarta-feira que será feita até o fim de abril uma troca de ofertas entre a UE e Mercosul, o que marca o início de uma fase importante na negociação de um acordo de associação entre os dois blocos.
Em entrevista coletiva em Buenos Aires, Prada anunciou que os grupos estão acertando as propostas que serão apresentadas dias antes da próxima rodada de negociações com o bloco integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, que será realizada entre os dias 2 e 6 de maio em Assunção.
"Não é um exercício simples, mas estamos otimistas em poder ter ofertas sobre a mesa para serem analisadas durante a rodada de negociações", afirmou o diplomata, que lidera em Buenos Aires a primeira reunião do mecanismo criado a fins de 2010 para avançar na relação bilateral com a Argentina.
Sem dar maiores detalhes, Prada disse que o bloco europeu "está pedindo uma grande abertura no setor industrial", além de aberturas nos setores de serviços e no de compras públicas, e detalhou que alguns dos temas importantes a serem negociados são o de transporte marítimo e as normas de investimentos.
Apesar da evolução das negociações, vários setores estão reticentes em carimbar o acordo de associação política e comercial, que começou a ser negociado há 11 anos, mas que ficou paralisado em 2004 pelas posições em partes dos dois blocos, como no Parlamento Europeu, que há três semamas se mostrou crítico à volta das conversas.
"O objetivo de todos é avançar este ano. Esperamos concluir ou pelo menos chegar perto disso. Estamos avançado de uma forma prudente mas otimista", afirmou o diretor da UE.
Em relatório, o Parlamento considera que as negociações podem gerar concessões agrícolas muito prejudiciais para os produtores europeus, que temem milionárias perdas caso haja um acordo.
"Esperamos que a negociação agrícola possa ser encarada de uma maneira produtiva e razoável de ambas as partes, e que sejamos capazes de conseguir agora o que não conseguimos em 2004. Não estou dizendo que será fácil, mas acho que devemos e podemos fazê-lo agora", comentou.
No entanto, Prada alertou que "não é positivo para o clima de negociação que sejam feitas novas barreiras ao comércio", em referência às novas medidas protecionistas adotadas pela Argentina, que no mês passado ampliou o universo de produtos aos quais aplica licenças não automáticas para sua importação.
"O que nós esperamos, e essa é a mensagem que passamos de uma maneira constante ao Governo argentino, é que a Argentina respeite as normas da Organização Mundial do Comércio", afirmou.