HILLARY PROPÕE ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO DO BRASIL COM OS EUA

17 abril 2012

Fuente: Publicado por OPovo.com.br, Brasil

Brasilia, 17 de abril- Além da redução da bitributação, o Brasil e os Estados Unidos precisam considerar um acordo de livre comércio. Foi o que declarou ontem a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em visita a Brasília. Ela pronunciou discurso de cerca de 25 minutos durante o evento Visão para a Parceria Econômica no Século XXI, promovido pela Confederação Nacional da Indústria.

Também falou de temas variados, indo de comércio exterior à necessidade de investimentos, passando por inovação tecnológica. A secretária deixou de aprofundar a eventual necessidade de acordo de livre comércio entre as duas nações. Mas elogiou os momentos das duas economias. “A sua dimensão econômica (do Brasil) se torna cada vez mais importante, não só para os dois países, mas para o mundo”, disse, destacando a importância da expansão da classe média brasileira.

Ela comparou o Brasil a um “banquinho de três pernas: Sempre digo que as economias vencedoras são semelhantes a banco de três pernas. Uma é o governo responsável, outra é um setor privado sólido e a terceira perna é a sociedade civil forte, que defende os que não têm voz. Se essas pernas não se equilibram, o banco cai e o Brasil é exemplo de história de sucesso de banco de três pernas”, disse.

A secretária ainda elogiou a presidente da Petrobras, Graça Foster, com quem se reuniu de manhã, e a presidente da República, Dilma Rousseff: “Para mim, é muito entusiasmante a ascensão de mulheres no Brasil. É outra grande boa notícia da liderança do Brasil no mundo”, acrescentou.

Hillary afirmou que a chave do sucesso econômico do Brasil e dos EUA é a inovação aliada com a preocupação com o meio ambiente: “Em época de incerteza econômica, como é possível manter o impulso econômico, esse crescimento que é o combustível da prosperidade? Grande parte da resposta é a inovação, que é o elemento chave das nossas relações bilaterais”, disse. A secretária destacou “podemos fazer mais, há oportunidades e potencial para mais investimentos, mais comércio, mais emprego”.