TRÊS CORREDORES BI-OCEÂNICOS SE DESTACAM EM PLANO DA UNASUL

26 abril 2012

Fuente: Publicado pela Agencia Prensa Latina, vía Google Brasil

Brasília, 26 de abril (PL)- A construção de três corredores para ligar os oceanos Pacífico e Atlântico são destaque em um plano de 31 obras que a União de Nações Sul-americanas (UNASUL) apresenta às 12 nações membros do bloco regional.

O projeto prevê unir os dois oceanos através estradas, ferrovias e/ou hidrovias, precisaram representantes da UNASUL, durante um encontro nesta terça-feira com empresários brasileiros na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Além desses três corredores, a Agenda Prioritária de Infra-estrutura, como se denomina o plano, inclui a construção até 2022 de mil 500 quilômetros de gasodutos, 360 quilômetros de linhas de transmissão, 3.400 quilômetros de hidrovias, 5.100 de estradas e 9.700 de ferrovias, entre outros.

Ao apresentar o projeto na Fiesp, a secretária geral da UNASUL, a colombiana María Emma Mejía, sustentou que a maior contribuição gerada por essas obras de infra-estrutura será o incremento da integração entre os povos da América do Sul, e a mobilidade e o intercâmbio comercial.

Mejía adiantou que a entidade regional criou um grupo de trabalho para estudar as formas viáveis de custear as obras, nas quais, explicou, bancos multilaterais e financiamento de governos e empresas privadas serão fontes, segundo indica uma nota da Agência Brasil.

Os 31 projetos incluídos na Agenda Prioritária de Infraestrutura da UNASUL (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela) têm um custo estimado em 21 bilhões de dólares, 11 deles estão vinculados ao Brasil, dos quais 10 aparecem já no Plano de Aceleração do Crescimento, impulsionado pelo governo federal.

O subsecretario geral da América do Sul, Central e Caribe, do Ministério brasileiro de Relações Exteriores, Antonio Simoes, apontou que a expectativa é que o impacto econômico do programa da UNASUL seja entre quatro e cinco vezes superior ao valor das obras.

O presidente pró-tempore do Conselho de Infra-estrutura do bloco regional, Cecilio Pérez Bordón, assinalou que os governos devem estar abertos ao diálogo com seus empresários e agregou que "consórcios entre governos e empresas serão fundamentais para executar esses 31 projetos".

Por sua parte, o diretor do departamento de Infra-estrutura da Fiesp, Carlos Cavalcante, sustentou que o regime de concessão pública seria a melhor forma para o setor empresarial.