CHANCELER DE BRASIL VOLTA A DEFENDER ENTRADA DA VENEZUELA NO MERCOSUL

06 septiembre 2012

Fuente: Publicado por Veja.Abril.com.br, Brasil

Brasilia, 6 de setembro (EFE)- O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, defendeu a suspensão do Paraguai do MERCOSUL, adotada após o impeachment do então presidente Fernando Lugo, assim como a decisão do bloco de aceitar a Venezuela como integrante definitivo. O chanceler discursou à Comissão de Relações Exteriores do Senado com o objetivo de explicar diversos aspectos da política externa do governo Dilma.

"Era necessário enviar um sinal claro, não apenas ao governo do Paraguai, mas também a todos os países da região: um sinal inequívoco de que, nesta região, não há mais espaço para aventuras antidemocráticas", disse Patriota. O chanceler reiterou que a suspensão do Paraguai foi estipulada pelos governos de Argentina, Brasil e Uruguai. O impeachment, no entanto, obedeceu às regras estipuladas pela Constituição do Paraguai.

Venezuela - Sobre a entrada da Venezuela, o ministro insistiu sobre o potencial econômico e comercial que o MERCOSUL adquire com a incorporação do país. "A Venezuela é uma potência energética, a quarta da América do Sul e o seu ingresso ajuda a mostrar que o MERCOSUL não envolve só o Sul do Brasil, mas o Norte, o Nordeste, a região Amazônica", declarou o chanceler.

A Venezuela entrou para o MERCOSUL em uma manobra de Brasil, Argentina e Uruguai. O país já havia solicitado ingresso no bloco há seis anos, mas o Congresso paraguaio sempre se opôs à entrada da Venezuela. Com o Paraguai suspenso do MERCOSUL, os outros membros abriram espaço para o governo de Hugo Chávez.