BID: PARA 2014, ESTIMA-SE QUE AS ECONOMIAS DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE CRESCERÃO EM TORNO DE 3%
06 enero 2014
Fuente: Pegado da Web da BID
Fuente: Pegado da Web da BID
Washington, 6 de janeiro- O ano que termina caracterizou-se por um contexto externo pouco favorável para o desempenho econômico da América Latina e do Caribe. A grande volatilidade dos mercados financeiros internacionais e a queda dos preços dos produtos básicos afetaram o crescimento da região, que foi, em média, de 2,7% do PIB. Para 2014, estima-se que as economias da América Latina e do Caribe, em conjunto, crescerão em torno de 3,0%.
“Um ambiente externo menos favorável, com uma demanda externa fraca no médio prazo e com riscos latentes nos mercados financeiros internacionais, coloca o desafio de acelerar a taxa de crescimento da região sem depender das condições externas que nos favoreceram na última década”, disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, em seu relatório de fim de ano apresentado à Diretoria Executiva do BID.
“A prioridade, portanto, é aumentar o produto potencial no médio prazo por meio de reformas que atuem sobre os gargalos que restringem o crescimento da produtividade, da poupança interna e do investimento”, acrescentou.
Moreno citou como exemplo a necessidade de melhorar a qualidade da educação, como ficou evidente recentemente nos resultados do PISA, uma prova internacional de avaliação de estudantes (PISA). Nesses exames, os jovens latino-americanos tiveram um desempenho muito fraco em comparação com alunos de outras regiões do mundo.
Ele ressaltou também que a América Latina e o Caribe precisam investir mais em infraestrutura, dada a defasagem entre esta região e as nações mais ricas e dinâmicas. Além de melhorar suas estradas, portos e aeroportos, os países latino-americanos e caribenhos têm que melhorar a infraestrutura e os serviços logísticos que encarecem seus custos de transações e subtraem competitividade de suas indústrias.
O BID em 2013
Segundo dados preliminares, durante o ano que se encerra o BID aprovou 167 financiamentos, em um total de cerca de US$ 14 bilhões, montante superado apenas no ano de 2009, quando as aprovações alcançaram um recorde de quase US$ 15,9 bilhões em resposta à crise econômica global.
Em termos de recursos, as novas operações concentraram-se em setores prioritários como desenvolvimento institucional (37%), infraestrutura e meio ambiente (33%), programas sociais (21%) e integração regional e comércio exterior (9%).
Do total de empréstimos e garantias aprovados pelo BID em 2013, as operações do setor privado (sem garantia soberana) alcançaram US$ 2,1 bilhões.