QUEDA NAS EXPORTAÇÕES LATINO-AMERICANAS INTENSIFICA-SE NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2015, SEGUNDO ESTUDO DO BID

03 junio 2015

Fuente: Pegado da Web do BID

Washington, 3 de junho de 2015.- As exportações da América Latina acumularam uma contração de 9,1 por cento em relação ao ano anterior no primeiro trimestre de 2015, refletindo a deterioração do desempenho exportador que vem sendo observada desde o final de 2014, segundo um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

De acordo com a atualização trimestral das Estimativas das Tendências Comerciais da América Latina, as exportações da região tiveram um declínio de 2,7 por cento em 2014 e a queda se intensificou nos últimos meses, registrando uma contração de 9,1% entre janeiro e março, em comparação com o mesmo período de 2014.

O relatório revela que a contração das exportações generalizou-se para quase todos os países da região nos primeiros meses de 2015. Apenas três economias registraram crescimento. As exportações dos países andinos foram as que apresentaram quedas mais significativas (-19,2%). O MERCOSUL sofreu um declínio em relação ao ano anterior de 13,7%. A América Central e República Dominicana, cujas vendas externas haviam crescido em 2014, tiveram agora uma contração de 4,6%. Além disso, as exportações do México, que haviam se expandido em 2014, começaram a se contrair no primeiro trimestre de 2015, registrando um declínio em relação ao ano anterior de -0,4%. O relatório inclui dados detalhados para 17 países latino-americanos.

Vários fatores, como a valorização do dólar e a queda dos preços dos produtos básicos, principalmente do petróleo, determinaram a contração das exportações da América Latina no primeiro trimestre de 2015.

A dinâmica das vendas externas da região está alinhada com o comportamento do comércio mundial que, no período de janeiro-março, acumulou um declínio de 11,6% em relação ao ano anterior. Em particular, as importações da região para seus três principais parceiros apresentaram uma contração nesse mesmo período: 28% no caso da China, 6% para os Estados Unidos e 3% para a União Europeia.